Estamos a alguns dias do dia das crianças e paulatinamente inicia-se a correria para a compra dos presentes e em meio a lista tem os brinquedos clássicos, os brinquedos "modinha", uma chuteira, tênis ... tantas coisas que após alguns dias amontoarão quartos e guarda roupas...
E nessa geração de vida "fast food" e conectada em um mundo virtual, todos eles ficaram postos de lado em detrimento aos jogos online, desenhos nos canais pagos... a geração virtual apenas quer o momento para a foto no instagram e facebook.
Eu me lembro de minha infância de uma amiga da família ... era tão próxima que era igual a uma tia mesmo, uma madrinha, sempre estava indo à Bangu no Rio de Janeiro para passar algumas horas com ela e os filhos ... faz tanto tempo, mas sempre terei a memória da tia Penha Brandão ... me lembro até mesmo do cachorro, senão me engano Ringo o nome dele...
Mas o porquê de compartilhar dessa lembrança está no presente que ela sempre me dava. Todos os anos, ou aniversário, ou dia das crianças, ou natal, sempre havia um livro. Marcante! Porque a paixão pelos livros e pela cultura foi semeada e cuidada por anos que chegou um dia que me percebi lendo um clássico todos os meses. Sim, livros que pessoas levam meses para ler como O pequeno príncipe, clássicos de Machado de Assis, José de Alencar e tantos outros eram lidos em um mês ...
O melhor presente não eram os livros. O melhor presente foi a semeadura da paixão pelos livros, poesia e cultura.
Isso não amontoa armário, más é para sempre.
Wendel Jacinto
Belíssimo trabalho!
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